quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Equador: entre os Andes e a Amazônia





Equador: entre os Andes e a Amazônia


Ciudad Metad del Mundo

Vista do Hostel Casa Bambu

Escolhemos o Equador como destino da nossa viagem em setembro de 2019.  O país é relativamente pequeno, mas muito diverso em sua geografia. Ficamos curiosos sobre a “Avenida dos Vulcões”, um dos maiores atrativos do país, juntamente com as ilhas Galápagos. O Equador também é conhecido como país que cuida muito bem do seu Patrimônio Histórico.
Já que viajamos na baixa temporada optamos por contratar previamente, além dos voos de ida e volta, apenas a primeira noite de hospedagem, em Quito. Assim, ficamos livres para determinar nosso roteiro ao longo da viagem.
Cerveja com cacau
Ficamos dois dias na capital, em altitude aproximada de 2850 metros.  No primeiro dia conhecemos a “metade do mundo”, onde passa a linha do Equador. No segundo fizemos uma caminhada do ponto alto do teleférico até um vulcão inativo chamado Rucu Pechincha. Uma caminhada em pouco mais de 4 mil metros, um belíssimo percurso em um dia ensolarado mas com vento frio. Próximos à cratera do vulcão o caminho tornou-se cada vez mais íngreme e o terreno mais difícil de ser percorrido. Sentimos a altitude de aproximadamente 4600m. Cansaço, tonturas, confusão mental, dificuldades em falar, respiração difícil. Os caiçaras, que das praias de Santos não estavam aclimatados o suficiente. Vimos parte da cratera, mas por segurança voltamos e não chegamos ao ponto mais alto, porém, certos de termos feito o nosso melhor.
Paylón del Diablo
Percebemos como podem ser difíceis algumas situações em lugares “extremos”.
Fomos então ao Sul do país para descansar em Baños de Água Santa, garantindo um dia de banhos em águas termais, saunas e massagens. A Capital do Turismo de Aventura no país nos possibilitou atividades como a tirolesa em posição “superman” e visita a cachoeira “Pailón del Diablo”, na Ruta de las Cascadas.

Rumi - uma arara de estimação
Queríamos ainda uma experiência junto a alguma comunidade indígena na Amazônia Equatoriana. Assim, contratamos uma excursão guiada de introdução à selva. Foi um dia maravilhoso! Dança, artesanatos, zarabatanas, conhecemos a bela cachoeira Hola Vida, com dupla queda d´água e de temperatura amena, experimentamos delícias da culinária local e a tarde fizemos um percurso espetacular descendo o rio Puyo, na Reserva Puyo Punga, embarcados em canoas de madeira de um tronco.
Nos despedimos do grupo e ficamos na floresta onde dormimos duas noites na comunidade Cotococha. Fomos muito bem recebidos e convivemos com integrantes das etnias Quichua e Shuar, além de macacos, papagaios e uma arara que dormia em nossa cabana, a Rumi. Inesquecível!
Pintura facial
Recepção de turistas na tribo Cotococha
De volta a Baños pegamos um ônibus noturno para Cuenca. Lá começamos, como em Quito, fazendo um walking tour e nos deparamos com um centro histórico belíssimo e bem preservado. Um patrimônio mundial.
Centro histórico de Cuenca 
Nossa última aventura foi visitar o vulcão Cotopaxi (garganta da Lua). Mais um desafio físico. Contratamos um guia, que nos levou de Latacunga, onde nos hospedamos, até o Parque Nacional Cotopaxi. Fizemos uma parada em um centro de informações para visitantes e tomamos um chá de coca para aliviar os sintomas da altitude. Nosso experiente guia, que atua há mais de vinte anos no parque lamenta o derretimento do gelo próximo ao cume do vulcão e em decorrência do aquecimento global. Aos pés do vulcão, se revelou entre as nuvens possibilitando a nossa foto. Começamos a subida mais uma vez sofrendo com a altitude. O percurso era bem mais curto, porém alcançamos uma altitude superior chegando próximos aos 5 mil metros no Refúgio José Ribas. Começou a chover com fortes ventos e até nevou quando o guia disse que era inviável chegarmos às geleiras. Satisfeitos com a vista fantástica, tomarmos um chocolate quente. Aliás, o Equador é a terra do chocolate!
Tempestade de Neve no vulcão Cotopaxi
Nossa viagem de 10 dias ficou com gostinho de quero mais, pois ainda faltou conhecer a região costeira e Galápagos. Quem sabe em outra oportunidade!

 Diogo Dias Fernandes Lopes – turismólogo, guia de turismo e diretor da agência Parceiros do Turismo.
Catharina Apolinário – jornalista, fotógrafa e guia de turismo.