Não há vacina para o Turismo!
O Turismo é uma atividade relativamente nova se compararmos
com outras na história da humanidade.
Por mais que os gestores do Turismo avaliem os riscos para o
bom desenvolvimento dela existem ameaças que fogem da capacidade de previsão.
Ocorreu em 2001 com o atentado terrorista a Nova Iorque e,
agora, com o avanço da COVID-19.
Sentimos as consequências do primeiro incidente até hoje,
tanto na vida cotidiana das pessoas, como na atividade turística. Como exemplo,
vivenciamos o enrijecimento das leis de segurança pelas mudanças das rotinas em
aeroportos e portos.
A rápida disseminação dessa nova pandemia é o fator mais
alarmante e o que inspira maiores cuidados.
Como profissional autônomo e microempresário na área de turismo
receptivo desde 1998 nunca tinha vivido algo semelhante. Se em 2001 o Turismo
internacional sofreu grandes baixas, mas sendo possível atuar no mercado
nacional, em 2020 ele parou em todos os âmbitos.
Os impactos econômicos e sociais são preocupantes! No
entanto, acredito que a maior prioridade é a de preservarmos vidas, e seguirmos
as orientações da Organização Mundial da Saúde, a maior referência para o
assunto.
O momento é de precaução, por tratar da saúde das pessoas
(viajantes, profissionais de turismo e os habitantes da localidade turística) e
de cautela quanto a realização de estimativas sobre quais serão os reais
impactos para a nossa sociedade. Há de se ter em conta que se não mudássemos
nossas atitudes tudo indica que as consequências seriam ainda piores.
O Turismo é uma atividade que só ocorre com o deslocamento
de pessoas e é evidente que a retomada de suas atividades contribuiria para a
disseminação da doença.
A volta do Turismo dependerá de um ambiente de confiança,
para seja plena e sustentável, socialmente e economicamente. O pensamento a
longo prazo é o melhor horizonte.
Já, a curto prazo, para minimizar os impactos, é de
fundamental importância o trabalho que as instituições relacionadas ao turismo
(conventions bureaus, sindicatos de guias de turismo, associações de agências
de viagens e turismo, por exemplo) vêm fazendo ao reivindicarem junto ao
governo federal os auxílios financeiros necessários aos trabalhadores e aos
empresários do nosso setor.
Entendo que os destinos que adotarem as melhores medidas
para conter a disseminação da doença e zelarem pela saúde da sua população
serão aqueles que, primeiro estarão preparados para o retorno da normalidade e
consequentemente, atrairão os turistas.
E essas localidades terão a retomada de maneira mais forte
se aproveitarem este tempo de reclusão para estabelecerem novos rumos estratégicos
em promoção e parcerias, por exemplo.
Todos esperamos que essa normalidade seja reestabelecida o
mais rápido possível, para voltarmos a receber, turistas nacionais e
internacionais, felizes por praticarem essa engrandecedora atividade que é
viajar.
Precisamos escolher os melhores remédios, já que não há
vacinas que evitem os incidentes que impactam o Turismo.