domingo, 24 de maio de 2020

Vamos tomar um café?





Vamos tomar um café?

Quando eu era pequeno, em Santos, lembro-me que meu pai não gostava que eu tomasse café. Ele era jornalista e na redação dos jornais tomava muitos cafezinhos. Certo dia ele teve que parar por recomendação médica. O médico deve ter sido tão enfático que ele não queria ver o filho “viciado” pela bebida. Por outro lado, minha mãe sempre tomou café.

Em pesquisas sobre as influências de comidas e bebidas no nosso organismo o café, ora aparece como benéfico por ser um antioxidante, por exemplo, ora como prejudicial a nossa saúde, podendo causar entre outros problemas a gastrite.

Com o passar do tempo entendemos que o importante é a moderação.  E que o café extrapola a questão alimentar.

Vamos “tomar um café”?
Quero dizer: Vamos conversar?



Já adulto, antes de me formar como guia de turismo, acabei desconsiderando de certa maneira a advertência do meu pai. Tomava café. Mas na maioria das vezes com leite e com açúcar.

Passei a trabalhar com turismo receptivo em Santos e ao atuar como guia de turismo levando turistas ao Museu do Café, o atrativo turístico mais visitado por adultos estrangeiros na cidade. E assim, comecei a entender cada vez mais sobre a importância do “ouro verde”, tanto para o desenvolvimento local, como para a história do Brasil.

Aos poucos fui conhecendo histórias e lendas interessantes como a do jovem pastor etíope Kaldi, que descobriu o café graças as suas cabras. Descobri o caminho da planta, desde a África até chegar ao Brasil, trazida da Guiana Francesa, de forma contrabandeada. A sua relação com a escravidão e com o crescimento econômico de São Paulo.

Também aos poucos fui apreciando cada vez mais a bebida sem leite e exclui o açúcar, para poder sentir melhor as suas características. Entendi que um bom café não é amargo. Provei até o mais caro e famoso café brasileiro, o Jacu, inspirado no Kopi Luwak indonésio, por sua vez o mais caro do mundo, por sua característica bem peculiar de produção.


Muitos turistas apreciam fazer uma pausa para o café. Em São Paulo, entre uma caminhada e outra no centro histórico, parar na Casa Mathilde, na cafeteria do prédio do Banco do Brasil ou na do Pateo do Collegio, por exemplo, é uma maneira de descansar o corpo e apreciar a boa bebida. Recarregados de energia continuamos a conhecer a cidade.

Em Santos, inspirado na Rota do Café, estudo realizado pela Secretaria de Turismo, resolvi me especializar no assunto para realizar roteiros temáticos sobre o café. Assim, criei o Rastros e Aromas do Café em Santos. Em um dos roteiros visitamos o Rei do Café, tradicional torrefadora de café, onde em um ambiente rústico e com um atendimento muito especial, os turistas veem e entendem como se dá o processo de torra, tocam no grão, sentem o seu odor e no final provam um café de alta qualidade. O público adora a experiência!

O café é a bebida predileta do brasileiro. Temos grandes profissionais atuando neste mercado. Mas o brasileiro em geral ainda precisa aprender a apreciar e valorizar um bom café.



E o Turismo pode ser um caminho.

Feliz Dia Nacional do Café!

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Reflexões sobre o mercado de turismo receptivo na cidade de São Paulo.




Como turismólogo de formação tenho refletido sobre esse momento histórico de pandemia, onde a atividade turística está estagnada. E o objetivo desta publicação é fazer uma breve reflexão sobre as possíveis mudanças que ocorrerão no mercado de turismo receptivo em São Paulo e os caminhos que o mercado pode seguir para buscar uma recuperação.


Uma conclusão óbvia é que o fluxo doméstico retornará primeiramente, já que o fluxo internacional dependerá das aberturas das fronteiras internacionais, das condições sanitárias do nosso país, do nosso Estado e da nossa cidade; e a consequente motivação que os estrangeiros terão para visitar o Brasil.

Neste contexto a preocupação com saúde pessoal certamente será a prioridade do viajante. E consequentemente os serviços privativos tendem a ser mais procurados, pois não geram aglomerações como o turismo realizado em grupo. É importante lembrar que os gestores do município também poderão impor controles e regras para receber turistas, tanto de turistas que viajam por conta própria, ou que contratam serviços privativos ou compartilhados, junto a agências de viagens.

Esse controle sanitário pode incentivar a exigência da contratação de agências legalizadas e não os “piratas do turismo”, que executam serviços de forma ilegal, insegura e de baixa qualidade. Assim, a crise pode ser uma oportunidade para sanarmos este grande problema que é a ilegalidade, e que de certa forma dificulta o crescimento e o desenvolvimento das empresas de turismo que pagam impostos e que buscam pelo menos o mínimo de qualidade de serviços, colocando a disposição, por exemplo, transportes de qualidade, e guias de turismo credenciados.
 
Uma interessante novidade é a criação do programa Turista Protegido, pelo Ministério do Turismo. O mesmo divulga que o “selo vai reconhecer estabelecimentos do setor que seguem boas práticas de biossegurança contra o novo Coronavírus. O programa busca chancelar as atividades turísticas que assegurarem o cumprimento de, por exemplo, requisitos de higiene e limpeza para prevenção da Covid-19.” (Site Ministério do Turismo)

Assim, o registro junto ao Cadastur pode ser mais valorizado por todos, o que será um avanço, se o Ministério do Turismo tiver uma considerável melhoria na fiscalização, quase nula até então.

O fluxo doméstico pode sofrer algumas outras alterações. Os turistas com maior poder aquisitivo ao estarem impossibilitados de viajar ao exterior farão suas viagens internamente e os destinos que estiverem melhor posicionados poderão se beneficiar disso. Um bom posicionamento turístico pode ser traduzido em boa infraestrutura turística, e de apoio ao turismo, da oferta de produtos turísticos e da qualidade dos serviços, onde a capacitação profissional é essencial.

O tempo de estada do turista doméstico que virá para São Paulo tende a aumentar, tendo em vista que receberemos pessoas provenientes de origens mais distantes.


E o que São Paulo tem a oferecer?

São Paulo apresentava números crescentes no fluxo de turistas, antes da pandemia. E uma fonte importante de informações está em: http://www.observatoriodoturismo.com.br/

A cidade vem sendo descoberta como um destino muito interessante para os próprios brasileiros. As pessoas estão cada vez mais interessadas na parte cultural que a cidade oferece, através dos seus museus, dos seus eventos, da gastronomia, e da sua vida noturna. É claro que a área cultural também sofre as consequências da pandemia.

No entanto, São Paulo, forte em turismo de negócios que também sofrerá bastante com a crise, tem muitas outras vertentes do Turismo ainda pouco aproveitadas. Entre elas o turismo ecológico e o turismo de base comunitária, onde a comunidade controla a sua execução. Mas, mais uma vez o turismo deve ser realizado de forma cuidadosa para não trazer problemas para os residentes destes locais.

Dentre vários roteiros temáticos que podem ser ainda mais incrementados e comercializados, temos passeios com guias de turismo especializados em arquitetura, arte grafite, religião, visita a comunidades urbanas ou rurais, imigração, em comunidades com perfis étnicos (indígena, quilombola) e até mesmo visita a túmulos. A imaginação não tem limites!


 São Paulo também pode ser ponto de partida para inúmeros destinos interessantes como a histórica Baixada Santista e todo o belo litoral paulista, como outras do interior como como Campos do Jordão (a cidade mais alta do país) e diversos outros destinos que tendem a ser mais visitadas se organizarem produtos turísticos de forma regional, como circuitos turísticos que envolvem a visitação em mais de uma cidade. A lista de locais que poderiam ser visitadas em uma “bate e volta” seria gigante.


Enfim, acredito que apesar das incertezas e dificuldades daquilo que estamos chamando de “o novo normal”, com menor fluxo de turistas a curto e médio prazo e com os novos hábitos que estão sendo adotados, cabe ao mercado de turismo se adaptar, mas acima de tudo aproveitar a oportunidade para ajudar a criar esse novo cenário.

Profissionalismo, legalidade e segurança devem ser as palavras de ordem para que a atividade não somente retome sua sustentabilidade econômica, mas que também resulte em maior desenvolvimento social e ambiental.

Tenho certeza que as pessoas estão loucas para viajar e acredito que valorizarão mais o turismo.

Este é o momento de trabalharmos em parceria para potencializarmos os benefícios de um Turismo inteligente.

domingo, 10 de maio de 2020

Dia Nacional do Guia de Turismo 2020




Dia Nacional do Guia de Turismo
O melhor presente é a sua valorização.



Muitas vezes, no imaginário das pessoas um turista estrangeiro seria representado por uma pessoa de camisa florida e com chapéu. É quase uma caricatura. Assim como a representação do ato de viajar pode ser representado com um avião contornado o globo terrestre.

E o guia de turismo? Talvez você o imaginaria dentro de um ônibus, falando no microfone, apontando os locais turísticos e transmitindo informações. Enquanto os turistas estariam olhando pela janela. Ele diria:

- A sua direita o Museu do Café, prédio inaugurado em 1922 na comemoração dos cem anos da Independência do Brasil. Tem estilo eclético e foi planejado para ser imponente e   transmitir a força do mercado cafeeiro e atrair investimentos para o estado de São Paulo.
Mas será que essa imagem é limitada? Não o restringe a um profissional que decora uma fala e simplesmente a transmite ao público? Neste caso, uma gravação poderia substituir o seu trabalho, certo?

Eu diria que o guia de turismo tem um serviço muito mais complexo. Primeiramente, ele estuda um curso específico para tirar um certificado emitido pelo Ministério do Turismo. O guia de turismo deve sempre portar essa credencial exposta no peito.

Complementa regularmente seus estudos por conta própria e precisa estar sempre atualizado com relação ao que está acontecendo no local a ser visitado. A sua própria cidade, quando falamos em turismo receptivo ou atento às informações necessárias quando leva turistas para diversos outros destinos turísticos dentro do estado, a nível nacional ou internacional, quando falamos de turismo emissivo.

Um guia torna-se mais completo e com maiores oportunidades quando fala um segundo idioma. E mais ainda quando fala alguns deles. Imagine então quando a língua é difícil como o chinês, o japonês ou o árabe. Aí sim, o guia é supervalorizado.

Hoje em dia há guias de turismo que desenvolvem serviços sem a utilização de um veículo. Os walking tours (passeios a pé), por exemplo. Outras vezes atuam em vans, micro ônibus ou ônibus. Há aqueles que realizam um serviço bem exclusivo no qual dirigem o próprio carro. É o chamado driver-guide. Aliás, uma tendência que se opõe ao turismo de massa.

É importante que o profissional seja um pouco generalista. Ou seja, que ele saiba um pouquinho de vários aspectos sobre a localidade visitada. Afinal, nunca se sabe que tipo de pergunta um turista pode fazer. Mas também um pouco sobre a região o Brasil, seus aspectos políticos, históricos, geográficos, culturais e econômicos. Saber um pouco sobre os locais de origem dos próprios turistas pode ser uma carta na manga e criar um vínculo afetivo.

No entanto, muitos se especializam de acordo com o perfil do turista ou do “produto” que foi vendido. O turista pode estar a lazer ou a negócios. Pode ser caracterizado pela sua faixa etária (crianças ou idosos, por exemplo), pelo seu perfil econômico (turismo social, turismo de luxo) ou por diversas outras características e preferências. Já o produto turístico pode ser temático. Ecoturismo, turismo religioso, rural, compras, histórico-cultural são alguns exemplos.

Em lugares como Rio de Janeiro e São Paulo é comum encontrarmos guias que desenvolvem roteiros relacionados a arquitetura, arte grafite, cicloturismo, gastronomia.

Um mundo de possibilidades!

Ao mesmo tempo, o guia deve zelar pela segurança dos seus clientes. Deve ter noções de primeiros socorros, deve saber como melhor proceder em emergências médicas e deve saber onde levar o turista para minimizar todos os riscos que podem ser encontrados em uma cidade, ou até mesmo em uma área natural. Atravessar uma rua com um grupo deve ser feito de maneira correta para evitar acidentes.

Um pouco de percepção e psicologia também podem ser importantes. Deve-se interpretar o gosto e o comportamento das pessoas. Isso pode minimizar conflitos e garantir a satisfação de maior parte dos participantes. Afinal, é muito difícil agradar a todos.

Calma! Não é só isso. O guia deve ser educado, atencioso, ter boa dicção e porque não ser engraçado? Alguns guias podem pecar por falar demais ou transmitir um conteúdo informativo que não é interessante ao seu público. E quem não quer se divertir? Dar risadas?

Geralmente contratado por uma agência de turismo ele é a “imagem” da empresa e por isso deve saber representá-la.

Um bom guia de turismo estará atento para propiciar ao turista explorar os seus sentidos. Ele poderá te levar a lugares surpreendentes, te mostrar o peculiar gosto de uma comida típica, te atentar para que ouça o canto de um diferente pássaro, te indicar um lugar para dar um refrescante mergulho ou uma boa opção noturna.

Ele certamente te indicará um local para que compre uma lembrança e assim poder incentivar o artesão local e estimular a cadeia produtiva.

Formador de opinião, anfitrião do turismo e protetor do meio ambiente.

Hoje é dia nacional dos guias de turismo.

E o melhor presente é a sua valorização.

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Uma reflexão sobre o meu trabalho como Guia de Turismo receptivo.





Criei este blog com o objetivo inicial de divulgar meus relatos de viagens como profissional de turismo.

Ampliei a abordagem relatando viagens a lazer como  a Cuba, Colômbia e África do Sul.

E então decidi aproveitar o espaço para fazer reflexões sobre o Turismo como um todo.

Nesta postagem faço uma reflexão sobre a minha atuação mais recente, desde 2014, atuando com o turismo receptivo, que é uma área tão importante para o nosso país, mas que é tão desconhecida e ainda tão pouco valorizada.


Uma reflexão sobre o meu trabalho como Guia de Turismo receptivo.


Sou Bacharel em Turismo e atuo como guia de turismo receptivo na capital, São Paulo, e em outros destinos como Santos, Guarujá, Embu das Artes e Campos do Jordão.

Iniciei meus serviços como guia de turismo em Santos em 2005, dois anos depois de voltar da Austrália onde fiquei por aproximadamente por um ano para aprender Inglês. Neste intervalo fui promotor de vendas de passeios em Santos no Terminal Turístico de Passageiros, o Concais. Abordava estrangeiros mostrando mapas para entenderem a localização dos atrativos da cidade e vendia city tours. 

Durante este período fiz um curso técnico para obter a credencial de guia de turismo pela Embratur (hoje Ministério do Turismo).

Passei a atuar em  outras áreas do turismo como hotelaria, seguros de viagem, cruzeiros marítimos (quatro contratos), intercâmbios e eventos.

Em 2014, quase dez anos depois, aproveitei a grande oportunidade de atuar em São Paulo como guia de turismo para a Copa do Mundo de Futebol. A experiência foi excelente e me motivou para me desenvolver nessa função, permanecer como autônomo e abrir a Parceiros do Turismo, uma agência focada em turismo receptivo. 

Estamos em 2020 e mesmo passando por esse momento histórico de pandemia, onde a atividade turística está estagnada, tenho a certeza que o nosso trabalho não vai se encerrar. Algumas mudanças ocorrerão, mas acredito que o turismo será ainda mais valorizado. Acredito que turismo de massa tende a esfriar, enquanto o turismo mais personalizado tende a crescer.  

Dispostos a pagar o valor deste tipo de serviço meus clientes são em grande maioria estrangeiros, pois atendo nos idiomas inglês e espanhol. Com eles realizo principalmente city tours, contratado por diversas agências de viagens. Mas também atendo pela minha própria agência, mencionada anteriormente.

Em um city tour convencional geralmente contratado por turistas que estarão no destino turístico pela primeira vez há alguns atrativos turísticos que praticamente são impossíveis de serem excluídos. Imagine fazer um tour por Paris e não ver a Torre Eiffel? Ir ao Rio de Janeiro e não ver a estátua do Cristo Redentor? Em Santos Monte Serrat e Museu do Café são locais imperdíveis.

Em São Paulo nunca deixo de pelo menos passar pelo centro histórico, marco de fundação da cidade, mesmo com os problemas sociais que saltam aos olhos. É impactante ver tantas pessoas morando na rua. Alguns guias tentam esconder essas mazelas sociais. Mas eu acho importante que o turismo seja realizado sem filtros. Que seja uma ferramenta que pode transmitir a realidade do local. E com ela fazer com que turistas reflitam sobre a nossa sociedade. 

Também em São Paulo descobri um tipo de serviço interessante chamado driver-guide ou motor-guide (o guia de turismo que dirige o próprio carro). Inicialmente trabalhei com um carro sedan, mas parti para uma minivan para ter maior capacidade de atendimento. Nesses passeios privativos, gosto de definir o roteiro e os locais de visitação junto com os clientes e de acordo com as suas preferências. A primeira coisa que faço ao me apresentar é saber se é a primeira vez na cidade. E quando a resposta é positiva pergunto se já fizeram alguma pesquisa e se querem conhecer algum lugar em específico.

Mas na maioria da vezes é a primeira vez, E eles dizem: 

- Você é quem manda. Nós confiamos em você! 

Mas ainda assim acho importante interpretar as expectativas, os desejos, ou até mesmo as limitações ou restrições dos turistas, antes do início do serviço. Assim, a satisfação pode ser alcançada com mais êxito.

Uns estão focados em tirar belas fotos, outros na interação com as pessoas. Alguns têm limites físicos, outros adoram caminhar.  Há aqueles que querem conhecer mais a fundo na história, outros preferem ouvir curiosidades ou até mesmo lendas urbanas. Há aqueles que querem provar a comida local, enquanto que outros buscam restaurantes onde possam encontrar a sua própria tradição culinária.

Quando possível, acho importante que o guia não se prenda a um roteiro. Ao deixar com o que o passeio flua, o inesperado pode acontecer com maior facilidade. E muitas vezes isso é o mais interessante. A experiência mais autêntica.

À medida que fui entendendo o mercado de turismo receptivo em São Paulo e conhecendo outros profissionais achei importante seguir uma tendência: a especialização de acordo com os diferentes públicos ou temas. Arquitetura, grafite, túmulos, arte, favelas, comunidades indígenas, imigrantes. São Paulo tem tantos assuntos e temas a serem abordados.

Por isso, decidi aproveitar meus gostos pessoais. Criei programas turísticos relacionados ao futebol, a degustação de cervejas artesanais e a história do café no Brasil. 

Apesar de atuar predominantemente em São Paulo entendo que Santos é um destino pouco desenvolvido profissionalmente, mas com um potencial gigantesco. 

Voltando a minha atuação como guia tento me colocar no lugar do turista. Quando estou em viagem busco em primeiro lugar a diversão. Também quero sentir-me a vontade, seguro e utilizando bem o meu tempo. E não tenho dúvidas que ao contratar um guia de turismo que transmita informações interessantes, que me enriqueçam culturalmente, a minha experiência turística será potencializada.

Então, como guia de turismo tento ser este elo potencializador da boa experiência turística.

Aprendo muito com os turistas pois transmito informações sem deixar de perguntar sobre suas vidas e pedir que emitam opiniões sobre vários assuntos.

Tenho fé de que o turismo nunca deixará de existir pois renova o ser humano ao colocá-lo em contato com outras culturas. Com outras formas de ver e viver a vida. Isso nos faz entender a importância do respeito as pessoas e as diversidades culturais.