Relato de Viagem
Bolívia, Estado Plurinacional.
A Bolívia não é um dos países mais procurados para o turismo
na América do Sul. É um país em desenvolvimento, com grande parte da população
pobre.
A região possuía diferentes povos indígenas, foi dominada
pelos Incas e posteriormente pelos Espanhóis. Uma história de muitas guerra,
invasões e injustiças.
Simon Bolívar foi o libertador e o nome do país deriva do
seu nome. Um país constituído em 1825.
Quando pensava juntamente com a minha companheira, a Vanessa,
um lugar para viajar lembrei do país, já que há poucos anos atrás eu tinha ido
para o deserto do Atacama no Chile que fica próximo ao deserto de sal boliviano
o Uyuni e tive muita vontade de visitar.
A decisão de viajar foi muito rápida, já que conseguimos uma
brecha em nossas agendas. Reservamos 11 dias e definimos o roteiro de acordo
com o voo mais em conta: Guarulhos (SP) / Santa Cruz de la Sierra (Santa Cruz),
Bolívia. Seria a nossa primeria viagem internacional juntos.
Analisamos que teríamos que ir a Sucre também de avião, já
que as distâncias eram longas. Por isso, compramos o voo de ida e de volta
Santa Cruz / Sucre / Santa Cruz, pela companhia Boliviana (BOA).
Quarta-feira, 20 de
novembro de 2024
Dia 1 - Santos / Guarulhos / Santa Cruz de la Sierra.
Chegamos a Bolívia por volta das 12:20, hora local, uma hora a menos que o horário de Brasília.
Do aeroporto pegamos um ônibus e depois um Uber para chegar
ao hostel Nomad,
no coração da cidade.
Comemos rapidamente e depois de buscar informações
turísticas, resolvemos ir ao Bioparque Güembé,
um pouco afastado da cidade. Um motorista de Uber se negou a nos levar até lá
por ser longe.
Já tínhamos pesquisado na internet sobre locais de interesse
turístico. O Trip Advisor apresentava ele na lista dos principais atrativos.
Fomos surpreendidos com o parque aquático. Porém foi o
borboletário e o aviário que nos fez ter a certeza de que tomamos a decisão
certa.
Conhecemos um pouco sobre a metamorfose da borboleta e chegamos ao surreal aviário. O maior da América do Sul, onde belos pássaros ficavam bem próximos e voavam na vegetação amazônica.
Parecia um Jurassic Parque!
A noite fomos jantar no povoado de Porongo e na volta tomamos “o melhor sorvete da Bolívia” na Casa Cero.
Cansados, tomamos um Cocalero Tonic para relaxar.No dia seguinte sairíamos cedo para Sucre.
Dia 2 - Sucre (capital).
Antes do pouso já se notava uma geografia totalmente diferente. À Bolívia é divida em três grandes características físico geográficas: a Amazônia, a Cordilheira dos Andes e as planícies.
Nos hospedamos no Recoleta Sur Hostal e já sentimos os
efeitos da maior altitude ao subir as escadas com a bagagem.
Então fomos à Praça 25 de Maio para iniciar um tour a pé, contratado junto ao Guru Walk.
Conhecemos o guia Limbert, de etnia Quéchua e três suíços.Estávamos na dúvida se iríamos a Potosí para conhecer o Cerro Rico, onde milhões de pessoas sofreram e morreram na extração de prata.
Dia 3 - Sucre
Saímos a pé para conhecer o Parque Bolívar e seus monumentos que remetem a França.Então pegamos um “minibus” que nos levou até o “Parque Cretácico”, onde vimos os únicos vestígios de pegadas de dinossauros. Um lugar sem igual no mundo!
Depois negociamos com um taxista o serviço para nos levar ao Castelo da Glorieta e o Cemitério. O castelo foi residência de um príncipe e de uma princesa, condecorados pelo Papa.
Fizemos também uma visita guiada ao Cemitério General onde
estão os restos mortais de Presidentes e curiosidades como os jazigos
exclusivos para crianças.
A conversa com o guia sobre a situação econômica e política
da Bolívia vou enriquecedora. O país está em uma crise de abastecimento de
combustíveis e uma escassez de dólares.
A sociedade de Sucre é muito conservadora e a cidade é ainda
mais segura do que outros locais como Santa Cruz de la Sierra, onde nos
sentimos seguros em pleno centro.
Estávamos curtindo muito a viagem!
Dia 4 - Sucre / Uyuni
Combinamos com Guy e Simon, suíços que fizeram conosco o passeio a pé em Sucre, nos encontrarmos na rodoviária com o objetivo de pegarmos um transporte privativo para Uyuni.
Optamos por mudar o roteiro planejado de maneira a parar em
Potosí no retorno.
Conseguimos encontrar um carro com um motorista experiente,
ao invés de usar o aplicativo mais popular da cidade, o In Drive.
O trajeto foi espetacular! Paramos para observar uma enorme quantidade de alpacas e no percurso, descontraído, o motorista Ivan nos contou várias curiosidades.
As filas para abastecimento de diesel e gasolina estavam
quilométricas. Pessoas ficam dias aguardando. E isso já estava afetando a
oferta de passeios.
Conseguimos contratar um passeio privativo por 1250
bolivianos que inclui transporte, hospedagem e alimentação. Um valor muito
abaixo do que seria uma expedição com essas características no Brasil.
“soroche”, antes da viagem e chá de coca. Acho que por isso não senti dor de cabeça, náusea ou algo parecido. Estávamos a mais de 3 mil metros de altitude.
O dia era quente e a noite fria. Como nos desertos.
No domingo começaríamos a maior aventura da viagem e ficaríamos
sem internet por um bom tempo.
Dia 05 - Uyuni / San Juan
Contratamos com a Uyuni Andean Travel uma expedição privativa de 3 dias. Ou seja, ao invés de irem 6 pessoas, capacidade máxima do veículo, fomos em 4. Brasileiros e suiços.Uma decisão que se mostrou acertada durante a viagem. Com o valor de 1440 Bs (cerca de R$ 800,00, por pessoa) tínhamos também a hospedagem, refeições com bebidas e ingressos em parques incluídos. Um valor incomparável aos preços brasileiros.
A viagem foi muito divertida e confortável. A medida que descobríamos novos lugares fortificávamos a amizade com os suíços.
Guy, mora em Medellín, Colômbia, e tem o idioma espanhol fluente. Seu pai é venezuelano. Simon trabalha em um banco na Suíça.
O maior deserto de sal impressiona! Resolvi andar de pés descalços para ver a sensação. Estava um pouco molhado. Tivemos sorte de conseguir chegar a ilha Incahuasi, pois no dia seguinte houve uma chuva que deixou o acesso impossibilitado, provavelmente até o período de término das chuvas, em março.
E a hospedagem no hotel de sal em San Juan foi inesquecível!
As paredes são de pedras de sal e o chão de sal moído, tipo sal grosso dos nossos churrascos. O chuveiro com água aquecida em caldeira era para aqueles que queriam pagar um adicional de 10 BOL.
Aquela foi a noite mais fria até então. Dentro do hotel estava quente, pois o sal parece ter absorvido a temperatura do dia ensolarado. Mas como não há calefação o frio passava pela janela do quarto.
Na cama havia quatro cobertores e um edredon. Usamos somente um de cada. Imaginem como deve ser o inverno.
No dia seguinte exploraríamos outros desertos.
Nosso guia-motorista nos transmitia segurança e passava informações básicas sobre os locais. Por isso fazíamos muitas perguntas.
Dia 06 - San Juan /
desertos bolivianos.
A expedição exige um grande esforço do guia-motorista. Omar
preparou o carro e o almoço.
Os outros grupos também se prepararam e todos saem no mesmo
horário para que um auxilie o outro em caso de emergência.
A expedição percorre cerca de 1000 km pelos desertos em três
dias e consome cerca de 180 litros de combustível. Em cima dos veículos são
colocados galões de gasolina para viabilizar o consumo.
Omar comentou que como trabalha há mais de 15 anos com
turismo, nota a diferença na quantidade de gelo nas montanhas e no volume de
água nas lagoas, em resultado do aquecimento global.
Uma ferrovia corta os desertos e leva matéria-prima
boliviana para o Chile para ser exportada.
Mais próximo ao fim do dia, após termos passado por um ponto
de cerca 5000m de altitude, passamos pelos geisers que soltam vapor de água.
No hostel, depois do jantar fomos à piscina de água a cerca
de 35ºC, temperatura natural. O mais difícil foi caminhar do hostel até lá no
frio. E a volta quando nos perdemos no escuro e entramos sem querer em outra
hospedagem.
Essa foi a noite mais fria da viagem.
Dia 07 -
Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa / Uyuni.
Depois do
café da manhã saímos para explorar o parque e suas paisagens mais próximas ao
Chile.
As lhamas, o
vulcão Licancabur e as formações rochosas foram grandes atrações do dia.
O cansaço
veio em virtude de tanta atividade e tanta variação de altitudes durante o
percurso.
Dia 08 - Uyuni /
Potosí
Pela primeira vez tomamos um ônibus intermunicipal. Este
trajeto entre montanhas leva a uma das mais altas cidades do mundo, Potosí.
Na bandeira da Bolívia, a montanha que está representada é o
Cerro Rico. Há cerca de 500 anos ela é explorada para a retirada de prata,
chumbo, zinco e outros minerais.
No auge da exploração tinha mais habitantes do que em Paris.
Chegamos a tarde e visitamos o museu do Convento de Santa
Teresa. Algo diferente foi a cobrança de uma taxa para fotografar. Que na
verdade acabou valendo a pena, já que o que vimos nos surpreendeu bastante.
Uma senhora foi nossa guia e nos transmitiu informações
interessantíssimas sobre como era a sociedade na época. Vinte e uma freiras da
ordem das Carmelitas dos Pés Descalços, mulheres de família rica viviam ali e
se dedicavam a diversas atividades, como cuidar dos jardins, costurar roupas
dos religiosos, preparar remédios, orar…
Elas faziam votos de pobreza, obediência e castidade.
Ficamos chocados quando vimos os objetos que usavam para a
autoflagelação.
Voltamos para o hostel Los Faroles, pelas calçadas
estreitas, nos desviando dos cachorros e das pessoas.
Os motoristas de carros e ônibus apressados e barulhentos
não respeitam os pedestres. Mas não chegam a desenvolver grandes velocidades no
centro onde os veículos antigos de várias marcas asiáticas deixam o ar
carregado de poluição.
Imagine caminhar em uma cidade alta, com o ar seco e toda
essa poluição de veículos antigos movidos a diesel. Por isso íamos devagar.
Nos preparamos ainda mais para o frio da noite e demos a
sorte de ver duas apresentações musicais em praça pública, parte de um Festival
Internacional de Cultura. Demos uma baita sorte de estarmos em Potosí na
ocasião de realização deste evento.
Dia 09 - Potosí
Saímos de táxi para visitar o Ojo del Inca, localizado a
cerca de 26 km do centro de Potosí.
O vulcão que virou lagoa na cordilheira boliviana tem águas
quentes e acesso ao público com taxa de entrada. No entanto, fomos informados
que estava temporariamente fechado por um acidente onde um peruano veio a
falecer.
Um senhor nos recebeu e explicou que essa pessoa saltou três
vezes do trampolim que foi retirado. Na terceira não voltou mais.
Ele deu a entender que foi por falta de ar. Disse pra gente
que poderíamos ficar em uma área bem restrita para não perdermos a viagem.
Aceitamos e aproveitamos a água quentinha e a bela paisagem
enquanto o taxista nos esperava para voltar.
Valeu a pena!
Chegamos de volta à cidade, almoçamos no El Fogón, pagando
40 BOL por pessoa, com direito a saladas a vontade, prato principal, suco e
sobremesa, o chamado menu.
Ou seja, para quem troca notas de Real por Bolivianos o
valor fica em torno de R$ 23,00. Impossível encontrar algo parecido onde
moramos.
Na sequência, fomos a agência Antiplano para realizar um
tour nas minas do Cerro Rico. Foram brasileiros de Curitiba que estavam no nosso
hostel que nos indicaram.
Estávamos em dúvida sobre se deveríamos fazer este tipo de
atividade pela exploração que ocorre ali a cerca de 500 anos, conforme dito no
post anterior.
Mas decidimos ver como era.
Sérgio foi o nosso guia. Pegamos uma caminhonete bem velha e
chegamos a uma venda para comprar algumas oferendas para Tio. Nós compramos
folha de coca os outros cigarros e um refrigerante.
Sérgio disse que na época da exploração espanhola essas
figuras foram criadas. Estátuas de “Dios”, que os indígenas pronunciavam mais
parecido com “Tio”, que controlavam os mineiros e davam sorte ou azar a eles.
Esse personagem foi criado pelos espanhóis principalmente para aumentar a
produtividade nas minas.
Assim, a crença dos mineiros de dar oferendas a Tio para ter
sorte foi nos mostrada por Sérgio que disse que trabalha nas minas. Aquela
noite ele voltaria para fazer 12 horas de trabalho. No dia seguinte trabalharia
por 24 horas.
Quando nos aproximamos sentimos um cheiro de cigarro e nos
deparamos com essa figura mitológica com um cigarro na boca.
Sérgio jogou folhas de coca em várias partes do seu corpo e
álcool 95º em sua cabeça e em seu pênis gigante. Ele deu uma golada no álcool
que doeu o meu peito só de ver.
Foi uma situação inusitada. Dava vontade de rir, porém de
maneira discreta, pois sabemos que devemos respeitar as crenças dos outros.
Continuamos a incursão sempre atentos aos carrinhos que eram
empurrados por mineiros e que cheios pesavam cerca de 2 toneladas.
Quando o guia dizia “guarda”, nós afastávamos da linha
férrea.
Mais adentro a umidade diminuía e a temperatura aumentava.
Ficou evidente que a montanha era repleta de “furos” com um “queijo suíço”.
Em um determinado momento ele perguntou se queríamos subir
uma escada para um local de maior dificuldade de acesso, mas como era difícil
optamos por não ir.
O ar estava cheio de partículas e Sérgio falou sobre os
inúmeros perigos de uma mina, inclusive o sacrifício de crianças que costumam
trabalhar a noite, em troca de sorte. Isso mesmo, tem mineiros que jogam
crianças em buracos enormes. Algo surreal!
Incrédulos, saímos da mina pensativos, mas com um maior
conhecimento sobre como se dá esse trabalho tão degradante.
Chegamos ao hostel para nos preparar para o frio da noite e
acompanhar um desfile de roupas antigas (as “choulas”).
Deu tempo ainda de procurar na internet um restaurante
tradicional onde tomamos uma deliciosa sopa com colher de madeira no
restautente El Señoral.
O garçom, de etnia quéchua foi muito simpático e com um
jeito doce nos deu um pedaço de papel com palavras escritas em quéchua e sua
tradução para o espanhol.
Que dia!
Dia 10 - Potosí /
Sucre / Santa Cruz de la Sierra.
Tomamos um belo café da manhã no hostel Los Faroles e fomos
à Casa de Moeda para um tour nas suas dependências.
O monitor José explicou sobre as mudanças que as moedas
passaram em toda a história. Desde os tempos de colônia, quando tinha boa parte
da sua composição em prata e por isso as pessoas as raspavam para ficar com o
material, até os tempos atuais, que pelos elevados custos são feitas no Canadá.
Ficamos impressionados sobre como se dava o trabalho dos
escravizados indígenas em ambientes com altas temperaturas.
Vimos belas pinturas e entre elas a da Santa que era
retratada com formato idêntico ao da grande montanha.
Em uma sala, vimos diversos minerais e entre elas a
Bolivianita, de cor roxa, pedra símbolo do país.
Inúmeras peças feitas de prata também estavam expostas.
Muito legal!
Então começamos a viagem de ônibus entre Potosí e Sucre para
depois pegarmos um voo para Santa Cruz, de onde viajaríamos de volta ao Brasil
no dia seguinte.
No trecho de ônibus o motorista parou na entrada de Sucre
para abastecer e evitar filas no seu retorno. Algo inimaginável.
Fizemos uma escala em Cochabamba e chegamos tarde em Santa
Cruz de la Sierra depois de dois voos atrasados.
Ficamos no melhor quarto de toda a viagem, com direito a
sauna no mesmo ambiente. Nunca tínhamos visto algo parecido.
Dia 11 -
Santa Cruz de la Sierra / aeroporto Viru Viru / Santa Cruz de la Sierra
Resolvemos
dar uma última passeada para fazer algumas comprinhas e almoçar no Irish Pub.
Tinham
encerrado pré check in. Bateu um desespero!
E uma outra
disse que tentaria dos colocar no voo do dia seguinte.
Por sorte
conseguimos sem custo.
Domingo 01 de
dezembro de 2024
Dia 12 – Despedida e
reflexões.
Desde 2009, com uma nova constituição, a Bolívia passa a ser
denominada Estado Plurinacional. Isso deu maior representatividade as
diferentes etnias que compõe o pais, no qual 70% são indígenas ou descendentes.
Acredito que a Bolívia não seja um dos destinos preferidos
por brasileiros. Mas o salar de Uyuni vem impulsionando o destino. É um lugar
diferenciado e único para quem gosta de fazer belas e interessantes fotos.
Como todos os destinos há fatores bons e ruins para quem
viaja.
Uma das grandes dificuldades é a grande altitude em várias
cidades, como Sucre, Uyuni, La Paz e Potosí. Não é fácil lidar com o mal de
altitude. Só passando por isso para saber.
Se por um lado o país é barato, conforme mencionamos em
nosso relato, por outro há uma dificuldade de usar cartões de crédito para
pagamentos. Mas já que as conversões de moeda em pagamentos em cartão são
desfavoráveis para o comprador, aconselhamos que levem a maior parte, ou toda a
previsão de gastos em espécie. Reais são facilmente trocados por um câmbio bem
vantajoso.
Exemplos de conversões em novembro de 2024:
Em notas de Reais: R$ 100,00 = 185,00 BOL
Retirada em caixa eletrônico com cartão de crédito: taxa de
US$ 8,00 por transação. 185,00 BOL = US$ 27,00 = R$ 165,00 + 4,38% de IOF
Pagamento em cartão de crédito: 185,00 BOL = US$ 27,00 = R$
165,00 + 4,38% de IOF.
Nesta viagem gastamos menos de R$ 500,00, por pessoa, por
dia, contando todas as despesas, inclusive passagens aéreas. Um valor que
consideramos baixo para uma viagem internacional.
Uma questão para os que gostam de serviço de alta qualidade
é que eles são mais escassos do que no Brasil. Ou seja, há pouca oferta de
serviços, como restaurantes de alta gastronomia, ou hospedagem de luxo. Os
serviços são um pouco lentos e os bolivianos, no geral, não atendem com grande
receptividade, com um sorriso no rosto.
Mas os bolivianos são justos. Não querem se aproveitar,
enganando os turistas. E os restaurantes mais caros ainda são uma pechincha
para os brasileiros.
A segurança é um aspecto bem positivo. Não nos sentimos
inseguros em nenhum momento, mesmo na cidade mais populosa, Santa Cruz de la
Sierra.
Alugar um carro não nos parece ser uma decisão inteligente.
O trânsito é caótico e os motoristas são barulhentos. Adoram buzinar.
Estacionar o carro também pode ser um problema.
Percebemos que a oferta de frutas é bem grande. E nesse
aspecto lembra o nosso país. No entanto as condições de higiene no que se diz
respeito aos hábitos alimentares são bem precários. Acho que demos sorte em não
termos passado por nenhuma dor de barriga ou infecção.
Mas os bolivianos parecem valorizar o seu passado e a sua
história sofrida. Os museus nos quais tivemos têm um rico acervo em ótima
conservação.
Enfim, fizemos uma viagem espetacular e com vontade de
voltar para conhecermos Cochabamba, La Paz e Copacabana, com o lago Titicaca.
A Vanessa teve um curso intensivo de Espanhol e eu também
aprendi e pratiquei muito o idioma.
Quem sabe, em breve, estaremos de volta.
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